É irônico se dar conta de que foi justamente a masculinização da mulher no mercado de trabalho o que elevou seu nível de respeito perante o homem. O tailleur, roupa criada pela estilista francesa Coco Chanel, é responsável por boa parte disso.
Vejam só: quem iria – numa reunião de altos executivos – levar a sério uma gerente ou diretora que chegasse vestida à Marilyn Monroe no filme “O Pecado Mora ao Lado”? (Sim, com aquele vestidinho provocante que esvoaçava com a ventania de uma galeria de metrô - foto abaixo.)
O tailleur surgiu portanto basicamente para ajudar a mulher a se inserir no universo masculino de outra forma que não por sua imagem sensual, curvilínea e erótica. Ele virou o terno delas – adaptado, claro –, mas um terno que tirou esse ar hiper-sexualizado que vestidos decotados e a alegoria que frufrus e acessórios trazem.
Mulher: objeto de conquista em franca mutação
Por todo o curso da história humana até recentemente o homem foi o sexo absolutamente dominante no universo comercial. Seu principal objetivo era juntar bens e poder para conquistar mulheres, de preferência voluptuosas e sensuais, que realizassem suas fantasias masculinas e talvez viessem a se tornar esposas e mães.
Com a revolução feminista, as mulheres tiveram que sair do armário com atitudes e indumentárias mais masculinas, que desvalorizassem as curvas e o corpo e acentuassem suas idéias e seu poder de decisão, para com isso bater de frente com o status quo reinante – a hegemonia masculina.
Lembrando: até então, o ideal das mulheres era ser uma femme fatale
Nenhum comentário:
Postar um comentário